BOLSA PARA VIAGEM
(Século XIX)
As primeiras bolsas para viagem surgiram na primeira metade do século XIX. Estas eram miniaturas das malas de viagem e vinham com fechadura, chave e compartimento para a passagem.
CHATELAINES
Em 1880, a princesa Alexandra, filha do rei da Dinamarca, que mais tarde casou-se com Eduardo VII da Grã Bretanha, e uma das líderes de opinião da moda da época, tornou-se popular o uso das Chatelaines, criadas a partir de conceitos medievais. Estas pequenas e delicadas bolsas causaram um grande impacto na moda no final do século XIX. As saias de crinolina (estrutura rígida usada em baixo das saias para dar volume), acompanhadas de bolsa chatelaine (pequena bolsa suspensa por correntes, colocada na cintura), que tiveram uma proposta funcional porque deixava as mãos das mulheres livre para carregarem as saias, que eram volumosas na época. O balanço das correntes chamava a atenção para a cintura estreita das mulheres. Apesar da chatelaine ter sido popular na Inglaterra, ela foi vista pela primeira vez em Paris, poucos anos antes.
BOLSAS COM MALHA DE METAL
As primeiras bolsas com malha de metal foram feitas por ourives em 1820, e emolduradas com pedras preciosas. A primeira empresa responsável pelo lançamento das bolsas de metal foi Whiting and Davis Company, localizada na Pensilvânia, Massachusetts, foi fundada como uma empresa de joalheria em 1876. Seu primeiro nome foi Wade, Davis and Company, mas foi trocado em 1880 quando o jovem Charles Whiting se associou a empresa. Apesar de um trabalho duro, extremamente delicado e um desejo de desenvolver uma forma de arte medieval, o jovem Charles, alugou um escritório e tornou-se o proprietário majoritário da empresa. Durante 100 anos, a Whiting and Davis Company foi responsável por desenvolver excepcionais bolsas de metal incluindo em sua coleção caixas para cigarro, isqueiro, suportes para cosméticos, carteiras, jóias e extravagantes roupas em metal. A empresa hoje é especializada em fazer equipamentos para mergulho e luvas de metal para proteger as mãos de trabalhadores com profissões insalubres.
BOLSAS BORDADAS
As bolsas em tapeçaria puderam ser vistas no começo do séculos XIX. Os temas com cenas históricas, inspiradas na literatura, escultura, pintura com figuras românticas de fauna e flora, foram muito populares durante os anos de 1820 até 1860. Os motivos trabalhados na tapeçaria foram muito significativos na reflexão social, histórica e intelectual dos artesãos da época. Alguma destas bolsas foram feitas com tapeçaria de parede ou pedaços de tecidos bordados. As armações que podiam ser de ouro, prata ou aço, foram adornadas com pedras preciosas. As correntes podiam ser longas ou curtas e muitas vezes dupla. No século XX estas bolsas tornaram-se obras de arte.
BELLE ÉPOQUE ( 1890-1914 )
O período que vai de 1890 a 1914 é conhecido com o Belle Époque (A Bela Época). Auge da era Edwardiana, que se caracterizou pelo bem viver, ostentação, luxo e extravagância da classe alta. Na Belle Époque, os costureiros famosos determinaram uma moda clássica, severa para os homens, sinuosa e pesada para as mulheres.Mas começaram a aparecer figuras revolucionárias na moda como Paul Poiret e Mariano Fortuny, que procurava reencontrar a simplicidade das roupas grego-romanas e iniciaram o esboço de grandes revoluções no mundo da moda. As bolsas que foram transformadas em acessórios necessários eram geralmente retangulares, pequenas, confeccionadas em tecido bordado ou malha metálica e sustentadas por correntes ou cordões. Grandes bolsas de couro eram fabricadas para as viagens de automóvel, que estão começando a virar moda. As bolsas para noite, muitas vezes utilizavam tecidos antigos, até coletes bordados dos séculos anteriores eram cortados para fabrica-las. No Brasil,as regras do que fazer e como vestir-se, vinham da França. Era do francês que se extraíam as palavras usadas para designar as peças do vestuário e acessórios brasileiros.
(Fonte Sindicato da Industria de Artefatos de Couro do Estado de Sao Paulo - SINACOURO - http://www.sinacouro.org.br/)
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